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terça-feira, 7 de junho de 2011

Uma triste constatação minha…

Domingo passado estava assistindo a programação da TV Cultura e pude assistir um documentário sobre a Venezuela, pais este situado nesta pobre América Latina (somos assim também americanos) intitulado “El Sistema” e, literalmente, chorei de emoção e ao mesmo tempo de tristeza. De emoção por ver que neste pais onde toda a grande imprensa faz questão de dizer que lá eles são dirigidos por um “ditador” e assim volta e meia colocam na mídia chacotas em relação ao Presidente Hugo Chavéz, há um grande programa de inserção social relacionado aos jovens venezuelanos e que, através da música, vêm estabelecendo assim um grande trabalho de formação de cidadania e da identidade nacional entre os jovens daquele pais.

De tristeza de ver e constatar que em nosso pais nada disto esta acontecendo, pelo contrario, apesar das estatísticas e da propaganda oficial o que vemos é o pais estar regredindo a passos largos e nosso povo perdendo cada vez mais sua identidade, tudo isto por um governo que prometia ser a esperança de grandes mudanças e de novos rumos.

E, assim, no mesmo dia, pude também assistir dentro da programação da mesma emissora, dentro do programa Mobile (excelente por sinal) um depoimento do Maestro Isaac Karabtchevsky, regente e diretor da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, onde o mesmo dizia que seu primeiro envolvimento com jovens dentro da música foi com os jovens venezuelanos através do Programa “El Sistema” onde coloca assim aquele pais uma referência mundial dentro do universo musical e porque não, social. E, assim, o mesmo ainda colocava que ele próprio não se conformava do porquê do Brasil não ter um projeto ou uma ação nacional neste nível, já que aqui temos talvez melhores condições daquele pequeno pais? Ainda em seu depoimento, o que atenuou uma pouco minha tristeza, o maestro Isaac pode dizer do seu trabalho e do envolvimento de uma comunidade paulista em um programa nos moldes daquele realizado nacionalmente na Venezuela: a Comunidade do Bairro de Heliópolis na periferia de São Paulo.

E aí eu pergunto:

Até onde vamos suportar tudo isto  que estamos presenciando diariamente  em nosso Pais quietos, mudos e silenciosos, desprovidos de senso crítico e tentando assim defender o que já é “indefensável” e tampar o sol com a peneira?

Cassio Cururu, indignado com este pais e com todos que dormem um sono profundo, sem se atentarem que os seus “jardins já foram todos pisoteados e as sua flores já foram todas arrancadas”.

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