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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Publicadas pela Folha de São Paulo em 18/07/2010

                          Eduardo Knapp - 10.jul.2009/Folhapress


18/07/2010 - 14h13

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas, morreu ontem, às 20h50, no Instituto Dante Pazzanese, em decorrência de um infarto do miocárdio, aos 57 anos.
O médico sanitarista Luiz Roberto Barradas Barata, 57, assumiu a Secretaria de Saúde de SP em janeiro de 2003




Veja a repercussão da morte:

José Serra (PSDB) pelo Twitter - "Morreu nesta noite o Luiz Roberto Barradas, meu grande amigo, secretário da Saúde de SP, servidor público exemplar. Enfarte fulminante. A Saúde no Brasil deve muito a ele. Foi meu principal orientador quando assumi o Ministério da Saúde e meu secretário quando governei SP. Sua grande motivação era, como ele dizia,"ajudar as pessoas". Era formulador e administrador dedicado, inteligente e criativo. Que perda!"



Arlindo Chinaglia (PT-SP) - "Fiquei triste. Nós trabalhamos juntos. Tínhamos uma relação pessoal antiga, independentemente de função pública. Lamento no plano da saúde pública e no plano pessoal."



Alberto Goldman (governador de SP) - "Vai nos fazer muita falta. Toda a vida dele foi dedicada à saúde pública. Nesse último ano, todos os avanços que tivemos no Estado de São Paulo teve a participação decisiva dele. O trabalho de combate ao câncer é fantástico. Uma das pessoas que conhecia essa área com todos os detalhes."



José Aníbal (PSDB-SP) - "Como alguém com tanta vitalidade, iniciativa, programas de trabalho de atendimento à pessoa desaparece de uma forma absolutamente imprevisível? É muito doloroso."



José Gomes Temporão (ministro da Saúde) - "Colega médico, destacado sanitarista e competente gestor, Barradas dedicou boa parte de sua vida ao fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde). Compartilho desse momento de dor com seus familiares e com os colegas da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a qual Barradas comandou com muita seriedade e responsabilidade, sempre visando o aprimoramento dos serviços de saúde pública e o bem estar da população."



Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) - "Excepcional homem público e amigo de todas as horas, Barradas nos deixa uma história de dedicação à causa pública. Competente, íntegro e leal, Barradas sempre foi motivo de orgulho para todos nós do PSDB de São Paulo. Aos seus familiares, externamos nosso profundo sentimento."



Gilberto Kassab (prefeito de São Paulo) - "Foi um grande assessor, esteve ao lado apoiando pessoas como Fernando Henrique, José Serra e Mário Covas. Foi também um bom comandante, como secretário. Deixará uma grande lacuna como cidadão, mas também como homem público."



Roberto Freire (presidente do PPS) - "Ele tinha relações muito estreitas com nosso partido. Uma visão que se aproximava da visão socializada da medicina. É para ser lamentada por todos. Um dos pioneiros do sanitarismo na política de saúde pública do país."



Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) - "Barradas sempre esteve presente nas ações de saúde pública nos últimos 15 anos, em SP e no Brasil. Ele deixa o mais importante legado individual para o aprimoramento do atendimento à saúde no Estado. Barradas era um homem de princípios, muito aferrado aos princípios do Sistema Único de Saúde, acreditando que era um sistema que podia ser aprimorado, mas que era uma grande conquista para o povo brasileiro. Além disso, ele era uma pessoa solidária, calorosa, um homem de coragem, um grande amigo, faz muita falta, convivi com ele durante quatro anos, imagino a desolação que o José Serra deve estar se sentindo."




sábado, 17 de julho de 2010

Luiz Roberto Barradas Barata

17/07/2010 - 22h21

Secretário de Saúde de São Paulo morre aos 57 anos

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DE SÃO PAULO

Atualizado às 22h49.

O secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas, morreu hoje, às 19h, ao chegar ao Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, em decorrência de um infarto do miocárdio.

Eduardo Knapp - 10.jul.2009/Folhapress

Luiz Roberto Barradas Barata assumiu a Secretaria de Saúde em janeiro de 2003

O médico sanitarista Luiz Roberto Barradas Barata assumiu a Secretaria de Saúde em janeiro de 2003

O cardiologista Roberto Kalil disse ter sido acionado para atendê-lo. Segundo ele, o secretário estava sentindo dores havia alguns dias, passou mal e foi para o hospital dirigindo o próprio carro.

Barradas tinha 57 anos, e assumiu a secretaria em janeiro de 2003. Tinha dois filhos e um neto.

Até as 23h29, a família não tinha decidido detalhes sobre velório e enterro do secretário.

Amigos, como o candidato do PSDB José Serra, e familiares foram ontem ao hospital.

TRAJETÓRIA

Barradas foi assessor dos ex-ministros da Saúde Adib Jatene e José Serra. Foi também chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo durante a gestão do prefeito Mario Covas, e secretário-adjunto de Saúde no governo de Covas e de Geraldo Alckmin. Ele se formou em medicina pela Santa Casa de São Paulo em 1976.

Em artigo nesta Folha, o secretário defendeu no ano passado a lei antifumo no Estado de São Paulo, apontando pesquisas que mostram a ligação entre fumo passivo e doenças como câncer de pulmão e doenças do coração.

Neste ano, defendeu a lei estadual das organizações sociais, pela qual instituições filantrópicas firmam contratos com o governo para a gestão de hospitais estaduais. Barradas via neste modelo uma solução para uma gestão mais eficiente dos hospitais públicos, "sem abrir mão do controle estatal".

Site da Folha de São Paulo – 17/07/2010.

Uma perda lamentável e irreparável para o Estado de São e para a Saúde deste País… infelizmente!

17/07/2010 - 22h21

Morre secretário de Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata

DE SÃO PAULO

O médico sanitarista Luiz Roberto Barradas Barata, secretário de Saúde de São Paulo, morreu no inicio da noite deste sábado após sofrer um ataque cardíaco.

Nascido em 1953, Luiz Roberto Barradas era médico formado pela Santa Casa de São Paulo. Em 1978, especializou-se em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade São Paulo). Era especialista em Administração de Serviços de Saúde e Administração Hospitalar pela Fundação Getúlio Vargas.

Barradas foi assessor dos ex-ministros da Saúde, Adib Jatene e José Serra, foi também chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo na gestão do ex-prefeito Mário Covas e secretário adjunto de Saúde no governo de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

Luiz Roberto Barradas Barata assumiu a Secretaria de Saúde em janeiro de 2003.

Extraido do Blog Cultura e Mercado de Leonardo Brant

Cultura da carne

Leonardo Brant | sexta-feira, 16 julho 2010Um Comentário

Não pertenço a nenhuma tribo ou religião. Comecei a eliminar a carne do meu cardápio por questões de bem-estar pessoal. Simplesmente me sentia melhor sem carne. Mais leve, com maior vitalidade, sem o peso da digestão. Isso não faz de mim um ativista, mas não me impede de refletir sobre os efeitos pessoais e sociais de uma vida sem (ou com menos) carne.

Apesar de ter passado um período mais radical, vivendo sem álcool, café, glúten e lácteos, a dieta mais adequada para mim é a do equilíbrio e do bom senso. Quando exagero, faço jejum, volto a essa dieta higienista e retomo o bom funcionamento do organismo.

Assim como a cultura do automóvel, a cultura da carne é algo central em nosso sistema socioeconômico, símbolo de um processo civilizatório baseado na propriedade e na crença da superioridade humana sobre todas as outras formas de vida. E da nossa supremacia cultural sobre nós mesmos, justificando guerras, violências, descasos, abandonos.

Isso faz com a população de gado no Brasil, por exemplo, seja maior que a de humanos, e sirva única e exclusivamente para provê-lo de couro, derivados de leite, carne, além de outros alimentos e produtos, das vísceras ao mocotó. O mesmo se aplica aos frangos, patos, porcos, carneiros e ovelhas, que devem sua existência tão somente como fonte de alimento ao ser humano.

Cada vez mais o processamento da carne se dá modo industrializado, o que resulta em desequilíbrio ecológico, a ponto de se configurar como uma das principais causas do buraco na camada de ozônio e do aquecimento global. Mais água, mais pasto, mais produção de ração, mais desmatamento, mais gases metano.

Assim como a indústria do automóvel, a da carne tem uma relação de causa e efeito com o invetitável abismo entre pobres e ricos no mundo: se todos comerem carne e utilizarem automóvel diariamente, o planeta explode.

Recentemente o Brasil se tornou o maior produtor mundial de carne. Isso diz muito sobre o modelo de desenvolvimento que estamos construindo. E a nossa atitude diante disso diz mais ainda sobre o lugar que ocupamos no planeta.

Sustentabilidade não é algo para delegarmos às empresas e cobrarmos dos governos. É, antes de qualquer coisa, uma questão de cultura e cidadania. Como consumir, como votar e participar da construção das políticas públicas é a questão vital para a vida em sociedade e para a construção da democracia.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

E em Tempo: Deu no Blog do Mércio Pereira Gomes…

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Funai demite Afonsinho, um dos heróis do indigenismo brasileiro

Uma das maiores injustiças feitas a partir do decreto 7506, que desestruturou a Funai, foi a demissão cabal de uma dos maiores indigenistas brasileiras, um verdadeiro herói vivo da nossa tradição.

Afonsinho, que entrou em contato pacífico com os índios Arara, num longo período de 1976-1981, após ser flechado duas vezes por um dos guerreiros Arara, foi demitido sumariamente enquanto estava na aldeia dos Arara fazendo seu trabalho de indigenismo leal e persistente, quieto, sem alardes, humilde e determinado.

Em recente viagem à região, o jornalista Felipe Milanez esteve com Afonsinho, que, embora mostre um visível abatimento físico, preserva sua dignidade indigenista e de homem. A matéria saiu na Revista Vice desta semana.

As homenagens desses Blogs a Afonsinho.

Reportagem de Felipe Milanez para a Revista Vice BR

Transcrita do Blog Mércio Pereira Gomes.

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(Felipe e Afonsinho.)

Nosso colaborador Felipe Milanez é praticamente um nômade que prefere curtir com índios nos mais diferentes rincões do Brasil do que qualquer outra coisa, como atesta sua reportagem Genocídio na Selva, publicada em nossa edição mais recente. Olha o que ele nos mandou direto de Altamira, no Pará.

Quando Afonsinho era criança, seu pai, seringueiro, foi morto por índios assurini. Quando tinha 16 anos, precisava trabalhar e para isso teve que dar um gato no registro de nascimento, aumentar sua idade para 20, e entrar no serviço público. Foi contratado pelo Serviço de Proteção ao Índio (o SPI, antiga Funai) para um trabalho arriscado: pacificar índios arredios. Justamente, com índios. Correu risco de vida em expedições extremas. “Amansou” os irredutíveis e guerreiros indígenas kayapó, em aventuras que deixariam no chinelo os passeios do Coronel Fawcett. Ao meio dia da quinta-feira de 3 de junho de 1976, enquanto tentava pacificar os bravos índios do povo arara que estavam em conflitos na floresta com colonos na região da Transamazônica, Afonsinho foi atacado. Uma flecha entrou em seu pulmão, a outra atravessou o rim. A imagem feita quando ele chegou à cidade para ser hospitalizado dá medo. Seus colegas João Carvalho e Antonio Ferreira Barbosa também levaram outras espetadas. Todos sobreviveram. Afonsinho conseguiu fazer a paz e se tornou grande amigo e o maior aliado dos araras, com quem convivia até o último mês de janeiro. Afonsinho trabalha para proteger os índios dos brancos que invadem as suas terras. Quer dizer, trabalhava. Depois dessa vida de dedicação à causa indígena, descendente moral do Marechal Rondon, Afonsinho foi demitido. Estava no meio de uma leva de funcionários mandados embora por causa da reestruturação da Funai, em fevereiro.

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Hoje, com 72 anos, Alfonso Alves da Silva, é considerado o maior sertanista vivo do Brasil. Não guarda mágoas. “Mágoa? Não, não tem disso não, rapaz.” Nem com os índios que mataram seu pai, nem com aqueles que o flecharam, nem com a Funai. Voltaria a trabalhar com os índios, na Funai, se fosse recontratado? “Eu gostaria muito, sabe, é só isso que sei fazer da vida.”

A terra dos araras (Terra Indígena Cachoeira Seca) vai sofrer impactos da usina hidrelétrica de Belo Monte, o grande projeto do governo no rio Xingu que tem dado o que falar. Quando funcionários da Eletronorte estiveram na aldeia, os índios derrubaram a casa deles. Os funcionários ficaram com medo. Afonsinho não estava. Os araras confiam em Afonsinho. E fora ele, desconfiam dos brancos. A demissão pode deixar os índios araras sujeitos a serem usados e manipulados. Podem ficar à mercê dos vizinhos com que brigam e já mataram. Afonsinho é o intermediário deles, quem sabe explicar o mundo que os cerca. Afonsinho é, também, o guru de todos os outros sertanistas da Funai, que precisam aprender com sua experiência no mato – e a sua dedicação aos índios. É um sujeito pequeno, franzino, “Mas forte que é o diabo”, me disse um sertanista que o admira. Estive com esse herói brasileiro semana passada, em Altamira. Ele mora em uma casa na rua 7 de Setembro – cheguei lá perguntando na rua pelo “Afonsinho da Funai”. Chamei por ele, que veio caminhando em seus passos curtos, mas firmes.

Vice: Você está triste?
Afonsinho:
Eu estou bem. Rapaz, é a vida, né.

Como você ficou sabendo da sua demissão?
Primeiro, eu tava lá Cachoeira Seca, no posto, com os índios, e daí ouvi no rádio, na Rádio Nacional da Amazônia. Ouvi meu nome. Mas não entendi bem não. Depois eu vim pra cidade, ia sair de férias uns dias. Mas daí vieram aqui me avisar que eu tinha sido demitido, tinha perdido a minha função.

O que você estava fazendo no posto?
Lá é o lugar para fiscalizar a terra dos araras, para não ter invasão. Dar assistência pra eles. Agora eu tava construindo um alojamento melhorzinho, porque o outro já ta bem degradado. Mas daí faltava recurso, e a gente tem que se virar, né.

Quanto tempo você ficou no mato para fazer a pacificação desse povo, que atacava todos os brancos que chegavam ao território deles?
Foi de 1980 até 1º. de janeiro de 1987. Mas ia e voltava, a gente montou um posto, dava brindes pra eles, fazia uma roça grande. Eles eram nômades, andavam por tudo lá. Tavam fugindo, precisavam de comida. Daí vinham pegar essas que a gente deixava pra eles, mandioca, farinha, mamão, jerimum.

Por que vocês estavam lá para pacificar eles?
Estavam construindo a Transamazônica, que passou pela aldeia deles. E tinham muitos colonos chegando. Eles eram índio brabo, arredio, ainda não tinham tido contato com os brancos. Os brancos estavam atacando eles. Eles fugiam.

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E você conhece hoje aquele que flechou você?
Claro, é meu amigo. Quem me flechou vive na aldeia do Laranjal, outra terra indígena dos arara, ali perto. Ele tá lá, é meu amigo. Não temos problema não. Acho que ele tem um pouco de vergonha, sabe. Quando me vê vem querer me agradar, dá umas bananas, um pedaço de caça. Mas não tem nada disso não. Ele me disse, é que ele não sabia que eu tava querendo ajudar ele.

Morreram muitos índios depois do contato, por epidemias?
Nenhum. Eu isolei completamente a área. Não entrava ninguém com gripe. Por dois anos, não houve nenhuma epidemia de gripe. E depois, a gente conseguiu salvar todos que contraíram o vírus. Foi a primeira vez que houve um contato, no Brasil, com um povo indígena isolado, em que todos os índios sobreviveram.

Eles confiam em você?
Confiam. Sou amigo deles. Eles sabem que eu sempre vou ajudar eles. Esses araras do rio Iriri, da Cachoeira Seca, não conhecem esse mundo dos brancos, e têm medo do que pode acontecer.

Não sei também se eu conheço esse “mundo dos brancos”.

POR FELIPE MILANEZ VICE BR

Comentário publicado no Blog do Mércio Pereira Gomes em 16/07/2010…

Ministro da Justiça suspende portaria de demarcação de terra Guarani

O STF ordenou e o ministro da Justiça cumpriu. Está suspensa a portaria nº 954, de 4 de junho de 2010, que declarava como de posse permanente do grupo indígena Kaiowá uma gleba de terras de 9.700 hectares como terra indígena, localizada no município de Jutaí, em Mato Grosso do Sul, e ordenava a Funai para que procedesse à sua demarcação. A única terra indígena Guarani projetada para demarcação no segundo governo Lula, apesar de toda a fanfarra de que seriam demarcados de 500.000 a 1.000.000 de hectares!
Por que o ministro fez isso?
Claro que por ordem do STF, por resolução da ministra Carmen Lúcia, atendendo a Ação Cautelar de terceiros interessados.
Essa atitude negativa é consequência do Acórdão de Demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Esse acórdão foi inicialmente redigido pelo voto do ministro relator Ayres Britto, todo rebuscado, parecendo uma obra-prima jurídica, mas com graves erros de interpretação da questão indígena brasileira, re-elaborado pelo voto do ministro Direito, carregado de preconceitos e desvios interpretativos, reacionário até a medula, e votado por unanimidade de 9 votos a 2 no dia 19 de março de 2009. 19 ressalvas e a proposição de que a data fatal que regulariza a legitimidade de grupos indígenas ao conceito de ocupação permanente seria o dia da promulgação da Constituição de 1988.
Data fatal, irreal, injusta, porém fruto da reificação que as ONGs e o CIMI vinham fazendo dessa Constituição, considerando-a como aquele instrumento que teria mudado a vida dos índios.  Antes dessa Constituição, não teria havido nada de bom para os índios.
Como no bordão do presidente Lula, ... "nunca antes na história de país..."
Pois bem, a interpretação do ministro Ayres Britto deu no que deu. Da história do indigenismo rondoniano foi feito tabula rasa e o resultado está se vendo.


Menos uma terra indígena para

os Guarani.

Deu no Blog do Mercio Pereira Gomes em 16/07/2010…

MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, em cumprimento à decisão liminar proferida nos autos da Medida Cautelar em Ação Cautelar no 2641, pelo Supremo Tribunal Federal - STF, resolve:

o N- 1.701 - Suspender os efeitos da Portaria no 954, de 04 de junho de 2010, publicada no DOU de 07 de junho de 2010, Seção 1, que declarou de posse permanente do grupo indígena Kaiowá a Terra Indígena TAQUARA

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Talvez sirva sim para uma reflexão até bem oportuna…

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes.
Assim:
- Aos Suíços os fez estudiosos e respeitadores da lei.


- Aos Ingleses, organizados e pontuais..


- Aos argentinos, chatos e arrogantes.


- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.


- Aos Italianos, alegres e românticos.


- Aos Franceses, cultos e finos.


- Aos Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas.


O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:


- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos brasileiros foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos demais povos da terra?


- Muito bem observado, bom anjo! Exclamou o Senhor.


- Isto é verdade!


- Façamos então uma correção! De agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como os demais povos!

 
- Assim, o que for petista e honesto, não pode ser inteligente.

 
- O que for petista e inteligente , não pode ser honesto.


- E o que for inteligente e honesto, não pode ser petista.!!!!!!


Palavras do Senhor !!!...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Movimento Civico Indigena

 

Enviado por: "Terena" marcosterena@gmail.com
Dom, 11 de Jul de 2010 1:33 pm  publicado em culturaspopularesBR@yahoogrupos.com.br

*FRENTE CÍVICO INDÍGENA 10 DE JULHO*


1. Formar uma frente cívico-revolucionária com uma estratégia comum de luta.
2. Designar desde então uma figura chamada a presidir o governo provisório,
cuja escolha, como prova de desprendimento por parte dos líderes
oposicionistas e de imparcialidade por parte do designado, ficaria a cargo
do conjunto de instituições cívicas.
3. Declarar ao país que, dada a gravidade dos acontecimentos, não existe
outra solução possível senão a renúncia do ditador e entrega do poder à
figura que conte com a confiança e o apoio majoritário da nação, expresso
por meio de suas organizações representativas.
4. Declarar que a frente cívico-revolucionária não invoca nem aceita
mediação ou intervenção alguma de outra nação nos assuntos internos. Que, em
troca, apoia as denúncias dos emigrados indígenas sobre violação de direitos
humanos, junto aos organismos internacionais e pede que, enquanto persistir
o atual regime de terror e ditadura, suspenda todos os envios de ameaças.
5. Declarar que a frente cívico-revolucionária, por tradição republicana e
independentista, não aceitaria que nenhum tipo de junta militar governasse
provisoriamente a república.
6. Declarar que a frente cívico-revolucionária tem o propósito de afastar o
exército da política e garantir a intangibilidade das forças armadas.
Que os militares nada têm a temer do povo indígena e sim da camarilha
corrompida que os envia para a morte em uma luta fratricida.
7. Declarar, sob promessa formal, que o governo provisório realizará
eleições gerais para todos os cargos do estado, províncias e municípios, ao
cabo de um ano, sob as normas da Constituição de 88 e do Estatuto do Índio e
entregará o poder imediatamente ao candidato que seja eleito.
É fundamental que se criem espaços de participação política específicos para
estes setores, para que todo o seu potencial intelectual possa encontrar
canais de expressão que lhes permitam contribuir com suas idéias e
iniciativas para os grandes desafios com que a revolução indígena se
defronta hoje.

 

*Fidel, a Estratégica Política da Vitória, ano de 1959*

MARCOS TERENA - 2310
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Tropa de Elite Expulsa Indigenas no DF

 

Enviado por: "M. Marcos Terena" marcosterena@uol.com.br

Dom, 11 de Jul de 2010 11:25 pm  publicado por: culturaspopularesBR@yahoogrupos.com.br

Amanhecemos com a notícia de que os poucos indígenas que
estavam acampados na Esplanada dos Ministérios foram
violentamente retirados do local pela Tropa de Elite da PM-DF.
Prá que serve uma Tropa de Elite?
Prá que serve uma Secretaria do Governo dos Direitos Humanos?
Nós Indígenas e aqueles que lutam pelos direitos humanos
devem acordar para o cerco policial com justificativas legais,
sobre o movimento indigena e seus direitos individual ou
coletivo.
Noutros tempos a ABI (Barbosa Lima Sobrinho), CNBB (Dom Luciano)
e OAB (Sepúlveda Pertence) já estariam em ação e se
manifestando contra esse tipo de violação que usa como se
fosse algo normal, pimenta, gás, balas de borracha contra
homens, mulheres e crianças.

FUNAI? Onde estava a FUNAI
nessas horas?


POVOS INDÍGENAS:"Caminhamos em direção ao futuro nos
rastros de nossos antepassados".
É hora de rompermos esse amedrontador silêncio e m nome
da democracia. Nós Povos Indígenas nunca fizemos parte
disso a não ser como vítimas, mas agora nesse ano
eleitoral

VAMOS PRATICAR ESSA MENSAGEM NASCIDA NA DEFESA DAS

NOSSAS TERRAS E DO MEIO AMBIENTE DURANTE A RIO 92, COM

CORAGEM,CONSCIÊNCIA E NOSSO VOTO.

M. MARCOS TERENA


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Os Índios resistem na Esplanada dos Poderosos...

Índios permanecem na Esplanada dos Ministérios e dormem embaixo de árvores

 

Apesar da retirada das barracas montadas no gramado da Esplanada dos Ministérios na manhã de sábado (10/7), cerca de 50 indígenas ainda permanecem no local. Eles se abrigaram embaixo de um conjunto de árvores próximo ao Palácio da Justiça e passaram a noite em redes, com os poucos pertences que sobraram.
Não houve tumulto durante a noite, e a Polícia Militar permanece monitorando o movimento. A corporação afirma que não pode proibi-los de ficar no local. Eles não têm permissão, no entanto, de montar novas barracas ou outro tipo de construção.
Ontem, após a ação de retirada, eles receberam alimentos e outros donativos de Organizações Não-Governamentais, associações e sindicatos. Parte das mulheres e crianças foi encaminhada para abrigos em Vicente Pires e no Paranoá, mas ainda restam algumas delas no acampamento.
O grupo diz que não se manifestará neste domingo (11/7), mas que ao longo do dia e nesta segunda-feira, 500 indígenas de todo o Brasil devem chegar à capital para uma manifestação junto ao Congresso Nacional.

Correio Braziliense

Camila de Magalhães

Publicação: 11/07/2010 08:41

Nem tudo está perdido: 50 índios do AIR permanecem em frente ao Ministério da Justiça

 

domingo, 11 de julho de 2010

 

A resistência indígena parece sem limites. Pois não é que 50 índios continuam a fazer ponto no Ministério da justiça?! Armaram suas redes debaixo das árvores que ficam na Esplanada dos Ministérios, como se estivessem na caça de espera!
Tanta vontade, tanta determinação. Algo importante no panorama indigenista está com esses índios. É um espirito digno de heroísmo.
Por sua vez, é uma vergonha que o Ministério da Justiça e que o governo Lula como um todo não respeitem isso e não revejam a posição que tomaram a favor dessa atual direção do órgão.
E as associações indígenas, a COIAB, a APOINME, a ARPINSUL, a ARPIPAN e outras -- não fazem nada? Não se dão conta dessa bravura e dessa determinação? Vão abandonar esse povo que aí está em Brasília?
E as ONGs, o CIMI, o que fazem? Por que não vêm o que está acontecendo? Ao contrário, parecem estar felizes com a desgraceira que tomou conta da Funai e com o desprezo que os povos indígenas vêm sofrendo!

 

Publicado no Blog do Mércio Pereira Gomes

Depoimento de testemunha da destruição do AIR

(Extraido de publicação do Blog do Mércio Pereira Gomes)

Estive no acampamento indígena na manhã quando se dava a ação truculenta do
BOPE. Quando chegamos, eu e um companheiro do movimento indígena varamos o
cordão policial em torno dos indígenas, e começamos a mobilizar a imprensa e
jornalistas que conhecíamos. Não pudemos fazer muito, pois a polícia militar
começou a operação covardemente as 05h da manhã, e só fomos avisados quando
já era dia.
Quando chegamos lá havia aproximadamente 3 a 4 policiais para cada indígena,
e imediatamente começamos a fazer o que podíamos. Levamos uma advogada à 5a
DP, onde estavam detidos o documentarista que teve sua câmera quebrada e
seus filmes roubados, como ele mesmo registrou em queixa na delegacia. O
índio tupinambá estava machucado, com muito medo, e assim que saímos de lá
ele foi encaminhado ao IML. Quando estávamos na 5a DP imediatamente um
funcionário da FUNAI, supostamente "ouvidor", nos interpelou agressivamente,
enquanto outro nos fotografava. Os enfrentamos e a resposta cínica foi que
as perguntas e as fotos eram porque eles eram "curiosos".
Quando voltamos ao acampamento, ainda com as crianças muito assustadas e
algumas chorando, a menina citada na carta - menor de idade - voltava do
hospital. Seus documentos foram tomados pela FUNAI para que não pudessem
servir de base para processar o Estado. Como na carta das mulheres está
escrito, ela havia abortado uma gestação de aproximadamente 3 meses, e como
se não bastasse esta violência,  sofreu grande violência psicológica e
ameaças para que não levasse o caso adiante.
Nessa hora voltava ao acampamento o índio Corubo, a quem os policiais
tentaram prender também sem acusação, mas que havia conseguido fugir. Mesmo
sem saber falar bem português, ele foi ao Supremo Tribunal Federal e
requisitou uma audiência com o plantonista que lá estava. Ao chegarem no STF
a ordem recebida nos portões era de não deixar os índios entrarem.
Fiquei muito impressionado com o que li no Correio Braziliense e no Globo
(G1). Os jornalistas que presenciaram tudo estavam chocados com as histórias
que ouviram, de crianças de 2 e 4 anos vomitando sangue e se contorcendo por
terem tomado gás de pimenta no rosto, enquanto o BOPE arrancava seus pais de
seus barracos no frio da madrugada aos gritos "Acorda vagabundos!". Nada
disso saiu nos jornais, onde a tônica era que a polícia foi chamada a "fazer
cumprir a lei". Ninguém reportou quem os chamou, ou qual lei foi cumprida.
Novamente, como no ano passado em que os Kayapós agrediram um engenheiro da
CHESF e foram rotulados de ignorantes e instransigentes, não se deu voz aos
índios para contarem sua versão história. Naquele momento, não mostraram a
fala em que este engenheiro transformado em vítima pela mídia os provoca e
ofende insinuando que a alternativa para as mulheres era a prostituição, e
aos homens Kayapó vender  pipoca nas obras. Nada disso é de hoje, mas
novamente a informação não chega as pessoas. Desta vez a estratégia foi
abafar o caso, e amanhã provavelmente nada sairá nos jornais, televisões e
portais de notícias.
Estes índios protestam contra a extinção de postos indígenas que ligam suas
aldeias a quem os devia proteger - a FUNAI, mas que covardemente nega a eles
até mesmo o reconhecimento de serem povos indígenas! Estas autoridades não
estavam lá, e não ouviram as maldições que em várias línguas foram lançadas
contra elas nas pajelanças daqueles que elas dizem não serem índios.
Estas pessoas que o governo diz não serem índios estavam lá protestando
contra a mineração e os grandes empreendimentos em terras indígenas, como a
funesta Usina de Belo Monte. Onde houveram estas obras antes no Brasil e em
outros países elas somente trouxeram doenças, prostituição, alcoolismo e
crime para os povos tradicionais. Isto é inclusão social pela prostituição e
a marginalidade nos centros urbanos. Nada diferente dos militares.
Este ato criminoso do Estado Brasileiro contra seus povos originais
demonstra não apenas o intenso desprezo e preconceito das autoridades.
Demonstra a completa percepção de impunidade na violação dos Direitos
Humanos quando os atingidos são os povos indígenas, mesmo estando a 1km do
Congresso Nacional, dos Tribunais e do Palácio do Planalto.
Mesmo assim eles continuam no local. Ongs, professores, sindicalistas,
voluntários e militantes estão os ajudando de todas as maneiras que podem.
Sua comida foi jogada fora pela polícia. Seus cobertores foram levados. Até
mesmo a fossa séptica instalada foi retirada. Mas eles continuam no local.
Divulgue a carta das mulheres e esta mensagem.

Marcos Woortmann - voluntário

Mulheres indígenas denunciam brutalidade policial na destruição do AIR

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Brasília, 11 de julho de 2010

As Mulheres Indígenas do Acampamento Indígena Revolucionário (AIR)

As Mulheres Indígenas do Foro de OrganizaçõesFeministas Latino-americanas y Caribenhas

As Mulheres Indígenas do Conselho Nacional de Mulheres Indígenas

Vêm a publico manifestar o seu repúdio a truculenta ação ocorrida na manhã do dia 10 de julho de 2010, quando uma violenta, irregular, arbitrária, ilegal e etnocida operação policial a mando do GDF, contando com forças do BOPE, Força Nacional, Policia Federal, Policial Civil, Batalhão de Choque Rotam, PM do DF e Cavalaria da PM do DF, cumprindo solicitação da AGU (Advocacia Geral da União) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), atacou o Acampamento Indígena Revolucionário – instalado na Esplanada dos Ministérios, em protesto pacifico contra o decreto 705609, que extingue Postos Indígenas e Direitos adquiridos, e pedindo exoneração do presidente da Funai, Marcio Meira – no amanhecer, enquanto homens, mulheres, idosos e crianças ainda dormiam.

Sem mandado judicial, a operação deixou inúmeros feridos, incluindo duas crianças de 2 e 4 anos, que foram removidas para os hospitais HMIB e HRAN – por conta dos efeitos do gás pimenta. Uma menina de 12 anos foi brutal e covardemente atingida com um jato de gás pimenta no rosto por um oficial do BOPE (o que ficou gravado no celular). Uma militante agredida pelos policiais, grávida de 3 meses, abortou. Uma mãe de família foi arrastada pelas pernas para fora de sua barraca e agredida verbal e fisicamente.

A operação policial destruiu as barracas e recolheu roupas, panelas e comidas dos acampados – o que pode ser caracterizado como FURTO - no intento de dificultar a vida dos manifestantes e forçar sua saída da Esplanada dos Ministérios, pleito do Palácio da Justiça ha mais de seis meses.

Apoiadores ficaram detidos sem acusação, sendo que um desses, gravemente adoentado e precisando tomar antibióticos, teve o seu direito a atendimento médico negado pelo delegado da 5ª DP. Os responsáveis pela divulgação midiática do Acampamento Indígena Revolucionário (AIR), gravando, fotografando e divulgando os eventos, foram os primeiros a ser algemados e detidos, só sendo liberados apos o termino da operação policial – sendo que um desses recebeu sua câmera de volta danificada e sem a fita com o registros das violências que comprometem as corporações policiais envolvidas.

Pelo que foi ouvido de um oficial do BOPE, havia a determinação expressa de que não se filmasse nada. Militantes ficaram detidos sem acusação formal, apoiadores foram ameaçados.

O Governo ilegítimo do DF age como um Estado Policial a serviço do Ministério da Justiça e do Gabinete Pessoal do Presidente Lula, que forçam uma queda de braço com as populações indígenas brasileiras ao se recusar a discutir o fim do decreto e a exoneração de Marcio Meira.

A indígena vitimada por um aborto, provocado pela brutalidade policial, teve a sua condição de gestante negada pelo médico do Hospital de Base por conta da pressão da servidora Joana, da FUNAI – apesar dela contar com exames pré-natais que comprovam a gravidez, o médico se recusou a assinar o laudo. O Instituto Médico Legal encenou uma farsa, com a perícia não fotografando nem relatando os hematomas e demais lesões de um rapaz Tupinambá, ferido e torturado em sua passagem pela 5ª DP, quando – com pés e mãos algemadas – recebeu golpes de cassetete e jatos de spray de pimenta no rosto, a pedido do ouvidor da FUNAI e membro do CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), Paulo Pankararu, e seu subalterno, Ildert.

O subalterno da FUNAI, usando óculos escuros, boné e casaco, como se fosse um ladrão que quisesse se esconder, assessorava a sanha etnocida dos policiais na 5ª DP, afirmando que as bordunas recolhidas – que são um traço e diferenciação cultural das etnias acampadas - eram porretes comuns (armas brancas), afim de caracterizar uma suposta propensão a violência dos membros do Acampamento Indígena Revolucionário, negando a condição de indígenas aos manifestantes, fotografando apoiadores do AIR que entravam na delegacia como forma de intimidar e confraternizando alegremente com os torturadores.

O ouvidor da FUNAI, ao invés de ouvir as reivindicações dos indígenas – ou ao menos as queixas dos manifestantes nativos, que foram algemados e feridos – se limitava a cruzar os braços e rir com seu subalterno.

Hoje, dia 11 de julho de 2010, está no ar uma nota oficial da FUNAI que nega aos manifestantes do Acampamento Indígena Revolucionário a condição de indígenas, dizendo que não pertencem a qualquer etnia nativa, apesar dos militantes do AIR, em sua grande maioria aldeados, possuírem língua, crenças, cultura e genealogia originárias – além do reconhecimento expresso do órgão, na forma de carteira de identidade emitida pela Fundação Nacional do Índio.

Nós, Mulheres Indígenas do Acampamento Indígena Revolucionário, exigimos do Governo do DF e do Governo Federal a imediata devolução dos pertences apreendidos e total assistência ao feridos na ação policial do dia 10 de julho de 2010. Nós exigimos uma ação responsável por parte do Governo Federal, representados por FUNAI e Ministério da Justiça, no sentido de dar uma atenção especial as reivindicações do AIR, expressas na Carta Aberta ao Povo Brasileiro e nos 11 Pontos do Acampamento Indígena Revolucionário, além das exigências particulares de cada uma das mais de 20 etnias representadas no Acampamento Indígena Revolucionário (AIR) há sete meses.

Nós, Mulheres Indígenas do Acampamento Indígena Revolucionário, exigimos o fim da violência – física, moral e institucional - contra nossos Povos, tanto na Esplanada dos Ministérios quanto nas mais diversas Terras Indígenas (Tis) do Brasil.

Transcrito do Blog de Mércio Pereira Gomes

Pela foto dá para ver que a retirada foi “pacífica” mesmo…

Foto: Agência Estado

Índio Guarani é preso durante ação da polícia em Brasília

As polícias civil, federal e militar retiraram neste sábado (10) um grupo de 40 índios que ocupava a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, havia seis meses. Pertencentes a várias etnias, eles estavam acampados em frente ao ministério da Justiça e do Congresso Nacional. Um índio Guarani foi preso durante a ação.

iG São Paulo | 10/07/2010 16:16

sábado, 10 de julho de 2010

Deu hoje ainda no Blog do Mércio Gomes…

Indígenas acampados na Esplanadados Ministérios são retirados à força por policiais

Publicação: 10/07/2010 09:14 Atualização: 10/07/2010 10:44

Aos gritos de "acorda, bando de vagabundo", os cerca de 100 índios que estavam acampados na Esplanada dos Ministérios há mais de seis meses foram retirados à força na manhã deste sábado (10/7).
A operação de retirada começou por volta das 5h, com a participação de cerca de mil policiais militares e soldados do Batalhão de Operações Especiais (Bope). De acordo com os índios, eles chegaram ao local jogando spray de pimenta em qualquer pessoa que contrariasse a ordem de sair do gramado, e não pouparam nem mesmo crianças. Todas as barracas foram destruídas.
Os policiais não apresentaram aos índios uma ordem de despejo. De acordo com a assessoria do Minsitério da Justiça, o pedido de retirada teria saído do Governo do Distrito Federal (GDF).
Quatro pessoas precisaram ser hospitalizadas. Duas crianças, uma de 2 e outra de 6 anos, foram levadas ao Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Uma jovem de 18 anos teve uma crise nervosa e foi encaminhada ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAM), junto a uma mulher de 27 anos, grávida de cinco meses, com dores na barriga. Há suspeita de que a gestante tenha perdido o bebê.
Outros quatro foram presos, entre eles dois índios, um homem que seria assessor dos indígenas, e um estrangeiro, que foi encaminhado à Polícia Federal.
Por volta das 9h10, os indígenas faziam uma "dança do luto" em frente ao Congresso Nacional.
Reivindicação
O acampamento, que começou em janeiro, é uma manifestação para pedir revogação do Decreto Presidencial 7.056/09, que extingue 40 administrações regionais e 337 polos indígenas, além de substituir antigos servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai). Ao todo, 15 administrações serão fechadas ou reestruturadas em diversos estados do país.

Os índios pedem ainda a destituição do cargo do presidente da Funai, Márcio Meira.

Correio Braziliense

Ana Elisa Santana

Naira Trindade

Deu hoje no Blog do Mércio Gomes e não deu na Globo…

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sábado, 10 de julho de 2010 

VERGONHA NACIONAL:

Covardemente Governo destroi Acampamento Indígena Revolucionário

Para comemorar os 100 de indigenismo brasileiro o Governo Lula monta um desmesurado aparato de destruição de uma das mais interessantes experiências já feitas no Brasil por índios. O Acampamento Indígena Revolucionário foi desmontado à força hoje de manhã pelas tropas da Policia Federal, Guarda Nacional, BOPE, Polícia Civil e Polícia Militar, a pedido do Ministério da Justiça e do Distrito Federal. Um mês atrás o ministro da Justiça tinha recebido diversas lideranças do AIR pedindo para que ele fosse desmontado. Em troca, o ministro prometera atender algumas das principais reivindicações do AIR. Porém, nada disso aconteceu. A destruição do AIR foi realizada à força, na base da intimidação. Nem ordem de despejo tinham em mãos os policiais que chegaram hoje de manhã. 1.000 policiais foram jogados contra 140 índios, a maioria mulheres e crianças, que permaneciam feito testemunhas de protesto contra a pouca vergonha montada pela atual administração da Funai. Nunca antes na história desse país o governo federal tinha investido brutalmente contra um grupo de indígenas que protestavam contra um ato devastador para suas vidas e para a continuidade da assistência do Estado para com suas comunidades. Em nota à imprensa a atual direção da Funai declara que as negociações com os indígenas do AIR haviam se esgotado. Ora, quando, em 100 anos de história do indigenismo, se considerou que houve finalização nas negociações com índios! O indigenismo é uma negociação permanente entre sociedade brasileiro e povos indígenas !!! Na verdade, não houve negociações e sim imposições. Nenhuma das reivindicações dos índios foi tratada! O âmago das reivindicações era o Decreto 7506/09 que havia extinto 23 Administrações Regionais e 327 postos indígenas, substituindo parte deles por coordenações localizadas em cidades. Até agora, apesar de uma determinação expedida pelo ministro da Justiça, nenhuma mudança nesse decreto aconteceu.

100 anos de indigenismo rondoniano jogados no ralo.