quarta-feira, 30 de março de 2011
Afinal de contas quem mente e quem realmente esta falando a verdade sobre Belo Monte?
Entrevista com o presidente da Funai, Márcio Meira, sobre reunião com o presidente Lula
A Democracia Brasileira atual: veja aqui como fica a transparência das ações públicas...
A atuação do MPF no caso de Belo Monte começou há mais de dez anos,
sempre questionando falhas no procedimento de licenciamento e a falta de
clareza nas informações sobre a obra.
A Justiça Federal no Pará determinou no dia 26/02/2011 a suspensão imediata a licença de instalação parcial que permitia o início das obras do canteiro da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA).
O presidente do TRF no dia 03/03/2011, entretanto, afirmou em sua decisão
que não há necessidade dos empreendedores da usina cumprirem todas as
condicionantes listadas na licença prévia para que a Norte Energia possa começar a erguer os canteiros de obra.
O fato é que os órgãos ambientais não são fortalecidos, não tem capacidade de interferir nas políticas públicas e acabam sofrendo pressões, lícitas ou não, para liberar licenças mesmo que os estudos sejam incompletos ou as condicionantes não tenham sido cumpridas.
A pressão para que as regras ambientais sejam diminuídas estão normalmente ligadas a uma falsa concepção de que o licenciamento ambiental é uma mera burocracia, que atrasa o desenvolvimento econômico do país.Categoria:
terça-feira, 29 de março de 2011
Uma citação a titulo de reflexão…
“Chamamos de Ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando.
O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de Caráter."
(Oscar Wilde).
domingo, 20 de março de 2011
Meu avó Raul Renato Cardozo de Mello e a cidade de Bauru…
Março de 2011, um século de luz em Bauru
O Brasil consagra o americano Thomas Alba Edison como criador da lâmpada elétrica, em 1878. No Mundo, há controvérsias, e o inglês Joseph também é apontado como o “gênio da lâmpada”.
No Brasil, a luz chegou: Rio de Janeiro, 1879; Em São Paulo, Rio Claro, em 1884 e na Capital, em 1988.
Em Bauru, a luz chegou em 16 de março de 1911, na então Praça Municipal (Rui Barbosa), transmitida da micro Usina de Guaianás, distrito de Pederneiras. Algumas cidades da região, como Botucatu, Lençóis e Agudos já tinham o benefício. Os acordes da banda municipal, os 21 tiros de morteiro (simbolizando os 21 Estados da Federação) e os fogos de artifício anunciaram a chegada da Luz aos 10.000 moradores de Bauru. Até então, nas poucas ruas de Bauru, existiam os lampiões a querosene, só acesos em noite sem luar. Mas nem tudo era festa. Ao lado do toque alegre e romântico do logradouro público iluminado era apavorante para a população conviver com fios elétricos suspensos sobre suas cabeças nos 18 km que separavam a Geradora de energia da Praça iluminada.
À época, o temor de ser eletrocutado por um fio rompido ou ser atingido por um raio não era só dos moradores de Bauru. Francisco Simões, ex-Prefeito de Herculândia, que recebeu eletricidade no final da década de 40, relatou-me: “Só a presença de policiais garantiam que os postes fossem fincados nas cidades de nossa região. A concessionária instalava os postes de dia e, a noite, a população derrubava”. Foi nesse cenário de conflito que em 1934 foi concebido o Código de Águas, que consagrou o direito das Concessionárias de Energia ocupar o solo público com linhas elétricas, sem ônus. A história mostra-nos que toda novidade gera polêmica: Na Inglaterra, fim do século XIX, as locomotivas a vapor eram apedrejadas; boicotes marcaram as obras do gás encanado na cidade de São Paulo; Rui Barbosa insurgiu-se com a vacinação obrigatória. Nossos descendentes vão ironizar as polêmicas sobre: torre e aparelho celular; microondas; células-tronco; transgênicos. Já gerou polêmica e teve seus dias de vilã a hoje aclamada lâmpada a vapor de sódio. A população rejeitava a luz amarelada, por dar sensação de neblina e de alterar a cor dos alimentos, isso no final da década de 80! Taí a discussão com energia nuclear, por conta do Tsunami no Japão. Imagem se ocorre um abalo sísmico na Usina de Itaipu? Praticamente todo um País seria devastado: o Paraguai.
Sob essa ótica, o temor do desconhecido, imaginem a pressão que os Vereadores de Bauru tiverem que superar para aprovar a concessão aos engenheiros Antônio de Almeida Cintra e José Joaquim Cardoso Gomes, em 1909? Fruto dessa concessão que Luz chegou a Bauru e possibilitou a fundação da Empresa de Eletricidade de Bauru, em 01 de julho de 1911, sob a presidência de Raul Renato Cardoso de Mello.
Em 1915, Bauru tinha 277 lâmpadas. No fim da década, uma enchente destruiu a Usina Guaianás. O “apagão” só encerrou em 1920, com a extensão de linha 15 kV, vinda da Usina de Lençóis. Mas, já no ano seguinte, a linha de transmissão 60 kV da Usina de Avanhandava, chegava a Bauru, originando a primeira subestação na cidade.
Ainda em 1921, no dia 29 de dezembro, com a extinção da Empresa de Bauru, a CPFL, assumiu a responsabilidade. A CPFL havia sido fundada em 16 de novembro de 1912, fruto da fusão de quatro pequenas empresas, sendo a mais antiga, a Força e Luz Botucatu (1905).
Até 1928 não existiam eletrodomésticos e o consumo restringia-se às residências, comércio, Iluminação pública e cinemas. Os consumidores pagavam por lâmpadas instaladas (16 ou 32 velas), monitoradas por fusíveis. Diante dessa situação, em 1929, a CPFL instalou em Bauru área comercial, na Rua Virgílio Malta, para a venda de aparelhos elétricos (com medidores), em 36 meses: geladeira, fogão e ferro de engomar. Aí o pioneirismo da CPFL deixou sua marca e contribuiu com o desenvolvimento da região. Só a partir de 1934 as fábricas de óleo, máquinas de benefícios de café e algodão passaram a usar eletricidade.
Na década de 30, algumas obras mexeram com a qualidade de vida da população, segurança e a arquitetura urbana de Bauru: em 1933, instalações de postes e “luminárias modernas” na Rodrigues Alves e Araújo Leite; em 1939, iluminação de ruas mais distantes, do Jardim Bela Vista.
O contínuo aumento de demanda fazia com que a CPFL ampliasse o seu parque gerador, transmitindo de locais longínquos. Hoje quase toda eletricidade de nosso Estado é oriunda de sistema interligado. Integra o sistema a mega subestação da CESP Bauru, onde há entroncamento de 10 % da demanda nacional.
Esse legado, documental e material, foi compilado junto a ex-empregados, mídia e historiadores, por ocasião da instalação do “Centro de Memória Regional” (Museu) e da deposição da “Cápsula do Tempo”, em novembro de 91, inseridos na programação (oficial) dos 79 anos da CPFL. A abertura da Cápsula foi programada para o centenário da CPFL (2012). A coordenadora do projeto foi Martha Arias, da CPFL, sob a orientação da Profa Terezinha Boteon, da UNESP. À época, como responsável pela então Regional de Bauru, meu objetivo era retratar e preservar a história da eletricidade de Bauru e Região (88 localidades) e ofertar à comunidade um espaço cultural para informação e pesquisa.
(O autor, Braz Melero, CREA 34380 e CRA 24428, foi regional da CPFL).
Fonte: site da ASSENAG Bauru: http://www.assenag.org.br
quarta-feira, 9 de março de 2011
Morre madre Maurina, torturada no regime militar
POR JULIANA COISSI, DE RIBEIRÃO PRETO
A madre Maurina Borges da Silveira, torturada no Brasil durante a ditadura militar, morreu no último sábado em Araraquara, aos 87 anos, por falência múltipla dos órgãos.
A religiosa foi presa em Ribeirão Preto em outubro de 1969 acusada de envolvimento com militantes das FALN (Forças Armadas de Libertação Nacional).
A tese da polícia na época era a de que a madre permitiu que membros da FALN se reunissem no Lar Santana, instituição onde vivia.
"Alguns de nós éramos do movimento de evangelização, mas usávamos o porão para guardar material e imprimir o nosso jornal, "O Berro'", disse o advogado Vanderley Caixe, 66. De acordo com Caixe, a irmã não sabia das reuniões. Quando alguns membros foram presos, conta, ela abriu o porão, viu o material e mandou queimar tudo.
No prédio onde atualmente funciona a Delegacia Seccional, a madre foi torturada com choque elétrico por pelo menos duas horas. A tortura da religiosa provocou uma mobilização na Igreja Católica na época.
O então arcebispo dom Felício da Cunha levou o caso à cúpula da instituição e excomungou dois delegados, Renato Ribeiro Soares e Miguel Lamano. O caso em Ribeirão inspirou religiosos como dom Paulo Evaristo Arns a se engajar na luta social.
A irmã ficou um ano detida em São Paulo até ser exilada no México. Ela voltou ao Brasil dez anos depois.
Mineira de Perdizes, madre Maurina atuou no México, em Santa Catarina e em São Paulo. Desde o mês de novembro, estava sob cuidado em Araraquara.
"Ela era tranquila. Sobre isso [tortura], dizia que já perdoou a todos", disse a irmã Maria Eunice Vilela.
domingo, 6 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
Belo Monte ou Belo Monstro? Eis aqui a versão oficial só pra conferir…
Para não dizer que há parcialidade, postamos este vídeo propaganda do PAC direto do link do Palácio do Planalto no youtube.
Vejam e confiram se não voltamos ao tempo do “Brasil Grande” dos governos militares cujo preço estamos pagando caro ainda nos dias atuais…
A impressão que temos é a de que já vimos este filme antes em vários lugares deste Brasil e assim devemos refletir bem do que queremos mesmo para nosso povo!
Versão oficial em contraponto a todos as outras postagens feitas…
VÍDEO: Belo Monte violando direitos das comunidades no Rio Xingu
Assista os depoimentos colhidos durante reuniões com as comunidades ameaçadas pela implantação das barragens de Belo Monte no rio Xingu entre novembro e dezembro de 2010.
Veja aqui como estão sendo os procedimentos juntos a estas comunidades pelas empresas responsáveis pelos procedimentos iniciais e pelos levantamentos preparatórios das pretensas obras de implantação da Usina na região.
Por Xingu Vivo